quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Um voo memorável

Uma pequena aventura aérea: nesta terça-feira, dia 30 de novembro de 2011, por volta das 21h, ao chegarmos próximo ao aeroporto de Vitória, no voo 1250 da Gol, passamos pelo desconforto (pânico para alguns, creio nisto) de passar por 3 tentativas frustadas de pouso. A primeira pegou todos de surpresa, pois parecia estar tudo indo muito bem. Só na cabeceira da pista é que o piloto sentiu o problema causado pelos ventos. Ele arremeteu (decolou em pleno processo de aterrisagem) inesperadamente, causando um susto, mas sem grandes consequências (ninguém infartou. Não literalmente!). Então ele deu a volta e tentou novamente pelo outro lado da pista, na intenção de sofrer menos efeito das rajadas de vento. Outra arremetida. Ai os medos vão diretamente para os olhos, tentando ver qual deles pode se aproveitar para atormentar o ser que os carrega. As culpas e pecados também se ajuntam entre a mente e o coração. A terceira tentativa foi mais suave, pois todos já estávamos em estado de alerta, e não chegamos tão perto do solo como das primeiras vezes. Neste momento a dúvida era se o combustível seria suficiente para outras voltas e tentativas. O piloto anunciou que voltaríamos ao Rio. A dúvida do combustível aumentou! Mas se o piloto decidiu voltar é porque tem combustível suficiente. O problema é que na hora do medo o raciocínio fica meio diferente, e a confiança no piloto era tudo que nos restava, além das orações, claro. Enfim, voltamos ao Rio. No pouso teve grito de torcida organizada, ahaaa prá lá, uhuuu prá cá, e palmas. Por que? Porque, a esta altura (no sentido temporal), tocar o chão em segurança era uma grande vitória, pois era o alívio que todos esperavam, mesmo estando de volta ao Rio. Não vou contar os desastres organizacionais e problemas de comunicação após a chegada ao Santos Dumont, mas saibam todos que foi uma outra aventura, até o próximo voo (número 1234), às 14h48min do dia seguinte.
Lição aprendida: leve sempre uma muda de roupa a mais. O resto é inevitável e devemos curtir cada aventura. Não foi sempre assim?

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